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sexta-feira, 10 de maio de 2013

OBRIGAÇÕES NA UMBANDA



O que é uma OBRIGAÇÃO?

É a confecção de um ponto de atração e ligação entre um ser encarnado e uma Força Superior (um Orixá). Na Umbanda essas ditas Obrigações, são preparadas com elementos naturais, fazendo desta forma uma alquimia, tal que, determina a Freqüência do Orixá desejado.
Qual é a melhor forma de determinar esta dita freqüência?
Pelo conhecimento detalhado de cada Orixá, a sua força, seu atributo, seu Oti (bebida), suas ervas, seu Amalá (comida), chegaremos à um determinado modo de fazer este Orixá vibrar.

As Obrigações se dividem em:

Feitura do Santo 
Reforço do Santo 
Emergenciais 

As obrigações da feitura e do reforço são idênticas, já nas emergenciais, mudam de aspecto.
As obrigações da Feitura de Santo, como o próprio termo está dizendo, é preparado e entregue quando o filho é feito no Santo, só e exclusivamente nesta ocasião.
Pelo menos uma vez ao ano, na data dos Orixás, o filho deverá fazer um reforço ou agrado das obrigações de feitura.
As emergenciais só deverão ser usadas em casos realmente de emergência (caso de uso de anestésicos em operações, assédios espirituais e possessões) e com a aquiescência e anuência de uma Coroa Maior.
As Obrigações na Umbanda devem ser feitas na seguinte ordem após o Amací, o Batismo e a Confirmação:
1º OBRIGAÇÃO DE EXU com o fito de resguardo do filho de ataque de inimigos esporádicos. Após a de Exu, deverão ser feitas as obrigações dos demais Orixás (quer masculinos, quer femininos) exceto os do Eledá (Pai e Mãe de cabeça dito Pais pequenos) que ficarão por último e que serão efetuados quando da feitura da pré-camarinha, nos filhos que não terão comando de terreiro e na Camarinha aos que se destinam ser Chefes de Terreiros (Babalorixá). Por terem os filhos de terreiro feito as obrigações de feitura (exceto a do Eledá), é que se torna imprescindível o reforço anual das obrigações já efetuadas. Quanto ao Eledá fica inteiramente à critério de cada filho fazer-lhes um AGRADO a contento.
A condição de ter o filho feito obrigações para os diversos Orixás do Panteon durante a sua feitura não determina necessariamente que tenha guias (colares) deste ditos Orixás. Esse colares (Guias) devem ser pedidos pelas Entidades trabalhadoras e responsáveis durante o tempo da espera da Pré-camarinha ou Camarinha, porém, a cada guia nova corresponde a um novo reforço.
forma material de magnetização, em determinado local, de frequências adequadas à proteção do ambiente.

FIRMEZAS 
Firmezas são, toda e qualquer forma material de magnetização, em determinado local, de freqüências adequadas à proteção do ambiente.
As firmezas se dividem em três grandes grupos, à saber:
• Interna 
• Externa 
• Contra terceiros 

FIRMEZA INTERNA 
 É toda aquela que é feita no interior do recinto de trabalho, à saber:
1. Firmeza do Stadium (terreiro) - Ponto feito à esquerda (entrada) e outro à direita (saída) 
2. Firmeza do Pegi (material e espiritual) 
3. Firmeza dos trabalhos (Defumador) 

FIRMEZA EXTERNA 
É toda aquela destinada a barrar fora do terreiro as influências espirituais negativas.
1. Cruzeiro das Almas 
2. Casa dos Empregados (Exus em geral) 
3. Tronqueira (firmeza para os Exus da casa) 

FIRMEZA CONTRA TERCEIROS
Para evitar interferência espiritual de terceiros (visitantes, vizinhos, etc..)
1. Portas e Janelas 
2. Assistência 
3. Ambiental 

Firmeza Interna - Colocada no Peji, 1 (um) copo com água (calunguinha) e uma vela; para não permitir a entrada de cargas negativas e também firmeza para o Anjo de Guarda dos participantes. Além disso tem também a Quartilha e a firmeza dos Orixás (o atabaque), que os representa.
Firmeza externa
Rua - Entrada - A tronqueira situa-se do lado esquerdo do portão principal, de quem entra em um terreiro e destina-se à magnetização de frequências especiais, para que o Empregado da casa possa dar a sua parcela de trabalho, tomando conta de quem entra. Neste local, normalmente são colocados os pontos riscados do Exú da casa, copos e/ou taças com as bebidas preferidas e velas, para iluminar a vigilância dos sentinelas.
Firmeza contra terceiros - É distribuída e praticada, desde a tronqueira, até o Peji, a saber: Portas, janelas, entrada e saída do Stadium, todas firmadas pelo Chefe do Terreiro (Babalorixá/Ialorixá) antes da abertura inicial dos trabalhos do terreiro.
Firmeza da Assistência - É feita através do Defumador e serve para magnetizar todos numa freqüência positiva e uníssona. Por isso não se deve entrar num terreiro depois de começados os trabalhos.
Firmeza Ambiental - É feita em partes iguais, pelo defumador, pelo calunguinha do Pegí e pelo cruzeiro das almas.

GUIAS (colares) 
A Guia (colar) é um ponto de referência e atração entre a Entidade e o médium. Ela é preparada para que haja maior facilidade de comunicação, ou um elo mais firme entre a Corrente de Vibração do Astral Cósmico e a Corrente de Vibração material dos médiuns.
A Confecção da guia, obedece quanto ao número de contas, uma das três séries, à saber:

Série de 7: Médiuns em preparação e etc...
Série de 5: Médiuns que terão subcomandos
Série de 3: Médiuns que terão Comando

Na série de 7
Estão incluídos os médiuns em preparação (desenvolvimento) e também os que, embora suas Entidades já tenham permissão para dar passes, consultas e participem de determinados trabalhos, jamais poderão alcançar as séries superiores, pois que assim está pré determinado em seu Carma.
Nesta série, as guias constam de 7 contas brancas, alternadas por uma conta da cor do Eledá, que de acordo com os méritos e a evolução, se acrescentará uma conta do Eledá, retirando uma branca, a cada ano, até perfazer 7 contas de cor e 1 branca.

Na série de 5
Os médiuns preparados para subcomandos ou para substituí-los à saber: Iaba, Mão de Faca, Mão de Ofá, e Ogã Calofé.
Nesta série as guias constam de 5 contas brancas, alternadas por uma conta da cor do Eledá, que de acordo com o mérito, se acrescentará uma conta do Eledá, retirando uma branca, a cada 3 anos, até perfazer 5 contas do Eledá e 1 branca.
Na série de 3 estão incluídos todos os médiuns que tiverem por Carma, que ser preparados para comando: Cambone de Ebó, Pai ou Mãe Pequenos, subchefe e Chefe de Terreiro (Babalorixá ou Ialorixá).
Nesta série, as guias constam de 3 contas brancas, alternadas por 1 da cor do Eledá, que de acordo com os méritos, se acrescentará uma conta do Eledá, retirando 1 branca, a cada 7 anos, até perfazer 3 contas do Eledá e 1 branca.
O mérito para o acréscimo nas guias, é sempre determinado pelo Comando do Terreiro, ou seja pelo Guia Chefe do Terreiro (ou Orientador), os subchefes Espirituais; nunca pela própria Entidade incorporante, no referido médium.

O Médium
No decorrer do seu preparo, deverá receber as seguintes guias (colares).
1. Guia de Oxalá: Dada ao médium como segurança, após o seu Amacís e Batismo na Lei
2. Guia do Obreiro: Dado ao médium em consonância com a Entidade que ficará responsável pelo médium.
3. Guia do Capangueiro: Dado ao médium, com autorização da Entidade (acima) responsável pelo mesmo, afim de elo de ligação entre o médium e o empregado (Exu) da dita Entidade.
4. Guia de Orixás: Guias de referência aos Orixás que mais influem no médium . (1º Adjutor e Adjutor Auxiliar).
5. Guias do Eledá: Guias com contas da cor do Eledá.

A - Pai de cabeça
B - Mãe de cabeça

ERVAS 
Na Umbanda, utiliza-se Litúrgica e Ritualisticamente, as ervas de nossa flora, para amacís, imantações, banhos de descarga, etc... As plantas dos Orixás se dividem em 3 grupos primordiais, à saber: POSITIVAS, NEGATIVAS e NEUTRAS.

As plantas Positivas, Neutras e Negativas, são assim catalogadas, conforme a fase lunar da colheita.
A. Positivas - deverão ser colhidas na fase crescente ou cheia
B. Neutras - deverão ser colhidas na fase nova
C. Negativas - deverão ser colhidas na fase minguante
Entretanto a sua polarização final vai sempre depender das seguintes condições explícitas:
1. Vibração de quem vai usá-la
2. Vibração das demais ervas utilizadas
3. Vibração da intenção com que serão usadas

POSITIVAS: São ervas que, quando usadas, só positivam, não podendo ser intrinsecamente usadas para outro tipo de trabalho.

NEUTRAS: São todas as ervas que servem para, material ou espiritualmente, neutralizar o efeito de outras ervas, o efeito de doenças, assim como o efeito de vibrações negativas e/ou positivas.

NEGATIVAS: São ervas usadas explicitamente para negativar.
A erva é sempre positiva quando colhida nos dois primeiros dias da lunação respectiva, a dita erva torna-se neutra quando colhida nos 3o, 4o e 5o dias da lunação, e negativa quando colhida nos 6o e 7o dias da lunação. Diz-se Dia de Lunação, porque as ervas devem ser colhidas da 6hs às 18hs, portanto sob o efeito dos raios solares (apesar de regidas pelas fases da lua). Jamais deve-se colher uma erva antes das 6hs ou depois das 18hs, como também, nunca se deve plantar qualquer erva no mesmo período.
As ervas devem ser usadas de três formas diferentes:
A. Para efeito medicinal
B. Para efeito Litúrgico
C. Para efeito Ritualístico
A) Para efeito medicinal, as ervas podem ser usadas como:
I. Como tratamento preventivo
II. Como tratamento normal da doença
III. Como abortivo rápido e definitivo da referida doença
I) Para uso preventivo, as plantas devem ser colhidas nos 1o e 2o dias da lunação respectiva.
II) Para uso no tratamento normal da doença, as plantas devem ser colhidas nos 3o, 4o e 5o dias da lunação respectiva.
III) Para uso como abortivo, as plantas devem ser colhidas sempre no 6o e 7o dias da lunação respectiva.
B) Para efeito litúrgico, as ervas podem ser usadas como:
I. Como imã, para atrair as vibrações do Orixá desejado.
II. Como neutralizante entre duas forças ou Orixás.
III. Como ação repulsiva ao Orixá não desejado.
I) Como imã, as ervas devem ser colhidas nos 1o, 2o e 3o dias da lunação respectiva.
II) Como neutralizante, as ervas devem ser colhidas nos 3o, 4o e 5o dias da lunação respectiva.
III) Para efeito repulsivo, as ervas devem ser colhidas nos 6o e 7o dias da lunação respectiva.
C) Para efeito ritualístico, as ervas podem ser usadas como:
I. Como afirmação ou concordância de efeito Litúrgico.
II. Como equilíbrio entre as forças vibratórias implantadas durante a ação litúrgica.
III. Como discordância com as forças imantadas.
Entende-se por força imantada, toda a vibração atuante no Ser, mesmo que seja à revelia do mesmo.
I) Como confirmação, as ervas devem ser colhidas nos 1o e 2o dias da lunação respectiva.
II) Como equilíbrio, as ervas devem ser colhidas nos 3o, 4o e 5o dias da lunação respectivo.
III) Como discordância (descarga), as ervas devem ser colhidas nos 6o e 7o dias da lunação respectiva.

RELAÇÃO DAS ERVAS POR ORIXÁS

LINHA DE OXALÁ: Arruda, arnica, laranja-da-terra (folhas), hortelã, poejo, girassol, vassoura-branca, erva-de-oxalá, erva-cidreira, alecrim-do-campo, levante, alecrim miúdo, bambu (folhas), erva-quaresma.

LINHA DAS SENHORAS: Lágrimas-de-nossa-senhora (folhas), mastruço, rosa branca (folhas), pariparoba, orirí-de-oxum, erva-de-sta-luzia, espada-de-sta-bárbara, trevo (folhas), quina roxa, abóbora-d'anta, vitória-régia, açucena, erva-de-sta-bárbara, malva-rosa, suma-roxa.

LINHA DE IBEJI: Amoreira (folhas), alfazema, salsaparrilha, manjericão, ipecacuanha, anil (folhas), capim-pé-de-galinha, arranha-gato.

LINHA DE XANGÔ: Limoeiro (folhas), erva-lírio, café (folhas), saião (folhas), erva-de-são-joão, abre-caminho, quebra-mandinga, erva-de-xangô, quebra-pedra, ruibarbo, louro, aperta-ruã, maria-nera, erva-moira, maria-preta, erva-de-bicho.

LINHA DE OGUM: Comigo-ninguém-pode, espada-de-ogum, lança-de-ogum, flecha-de-ogum, cinco-folhas, jurupitã (folhas), jurubeba (folhas), musgo (marinho), ipê (folhas), losna, romã (folhas), sabugueiro, erva-de-coelho.

LINHA DE OXÓSSI: Picão-do-mato, cipó-caboclo, barba-de-milho, mil-folhas, funcho, fava-de-quebranto, gervão-roxo, tamarindo (folhas), alecrim-do-mato, boldo, malvarisco, sete-sangrias, unha-de-vaca, azedinha, chapéu-de-couro, grama-barbante.

LINHA DAS ALMAS: Café (grão), guiné (erva-pipi), arruda (folhas), cambará, sete-folhas, aroeira (folhas), erva-grossa, vassoura-preta, cravo-de-defunto, mal com tudo, cipó-cabeludo.


Dez maneiras de Amar a Nós mesmos

01 - Disciplinar os próprios impulsos.
02 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.
03 - Atender os bons conselhos que traçamos para os outros.
04 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.
05 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.
06 - Evitar as conversações inúteis.
07 - Receber no sofrimento o processo de nossa educação.
08 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.
09 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.
10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos, sem desanimar, e colocando-nos a serviço do Divino mestre, hoje e sempre.

A palavra médium muitas vezes é mal interpretada, pois muitos a confundem com conceitos errados e acham até coisas de “outro mundo”, condenando até algumas pessoas de se expressarem com estes dons. Na verdade Ser Médium é ser antes de tudo Transmissor e Receptor. 
Temos um bom exemplo no rádio, que recebe as ondas em forma de freqüência e que as transforma e transmite em forma de som para que todos possam ouvir. A televisão é um exemplo mais amplo ainda, pois além do som, transmite ainda as imagens. Nem o radio e nem a televisão são donos das freqüências em forma de onda que recebem e transmitem. Estes objetos são nada mais que receptores e transmissores de alguma coisa, que no caso são as ondas em formas de freqüências.
Pois bem, o médium tem um papel similar a estes objetos, analisando-se por comparação, pois o ser humano quando usa sua mediunidade para algum tipo de comunicação, está sendo naquele momento o canal de ligação entre o mundo espiritual (recebendo a comunicação) e o mundo material (transmitindo a comunicação).
Parece fácil, se levarmos em consideração que este dom pode ser desenvolvido por qualquer ser humano. 
Sabemos que a Dualidade está presente em nosso mundo e assim sendo, junto com ela está o lado ruim que sempre insiste em estar presente e é por este motivo que existe a necessidade de estarmos atentos. Quando falo Dualidade, me refiro a ambos os lados, ou seja, tanto no Material como no Espiritual.
Estar atento significa estarmos em equilíbrio conosco mesmo, pois costumo dizer aos meus amigos: “Tudo que é demais não presta” e por melhor que seja ou pareça ser, nos fará mal. O equilíbrio tem que estar constante em nossa vida, em todos os sentidos possíveis: social, espiritual, esportivo, familiar, moral, etc...
Pois para darmos algo a alguém, ou servirmos de canal, antes de tudo temos que estar muito bem conosco mesmo, porque senão atrapalharemos e influenciaremos nas comunicações, sendo o elo e este elo sempre tem que estar forte. Se houver problemas no elo, ambos os lados da comunicação sofrerão conseqüências.

Ser Médium parece bonito, bom e fácil, mas naquele momento de comunicação existe um desgaste natural de energias (um vai e vem) onde as nossas próprias energias estão no jogo e não é difícil de se deduzir que se não houver o preparo e o equilíbrio, nós, mais do que ninguém, sentiremos um abalo em nossas estruturas (material, energética, mental e espiritual).
Diria que um bom Médium deve praticar 24 horas seu dom, seja ele qual for, pois bem sabemos que a mediunidade pode se expressar de varias maneiras.
Será que 24 horas é muito?
Praticar a caridade é a melhor forma de abrirmos nossos canais para as boas energias e boas comunicações e digo que esta pratica nos fortalece e engrandece muito. Quanto mais doamos, mais recebemos...
Não nos esqueçamos de um ponto muito importante:
Quando exercitamos a nossa mediunidade para servir de elo ou instrumento para um ser espiritual (entidade, mentor, guia, protetor, etc...) são eles que atuam por nosso intermédio e ajudam as pessoas e portanto não somos donos deste poder... e é muito comum se escutar por ai: meu guia fez isto, eu fiz aquilo, etc....

Resumindo:
A humildade é a principal característica de um Bom Médium...
Pratique a Caridade...
Seja Honesto...
Teremos que prestar contas de nossos atos...
Ame e viva a vida...

Seja um Bom Médium.


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